Da Redação
Produzido ao lado do rapper curitibano Nave, a nova faixa foi batizada com o nome de um navio negreiro citado no livro “A Rainha Ginga”, de José Eduardo Agualusa. O álbum, ainda sem título, será lançado entre o final de julho e o início de agosto.
“A música faz menção a esse paradoxo de uma coisa horrenda ter um nome convidativo”, diz Emicida, que traz no single uma forte exaltação das raízes negras e da luta cotidiano contra o racismo institucionalizado no Brasil.
As gravações do disco começaram com a viagem do músico à Angola e Cabo Verde em março deste ano, com a participação de cantores e instrumentistas locais. O álbum se desdobrará em um documentário sobre essa viagem.
O videoclipe da música será lançado na próxima terça-feira (30), com direção de Katia Lund, co-diretora do filme “Cidade de Deus”, e do documentarista João Wainer. Na história, empregados de uma mansão se revoltam contra as injustiças cometidas por seus patrões e iniciam um motim que se estende por todo o país.
O rapper aparece no papel do vigia da mansão. Também também atuam como empregados da casa sua mãe, Dona Jacira, e os filhos de Mano Brown, Domenica e Jorge Dias. Além disso, participam da trama as moradoras da Ocupação Mauá, no centro de São Paulo, Divina Cunha e Raquel Guimarães Dutra. A ocupação já havia sido palco de um clip de Emicida em 2013.